Este livro, editado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) em espanhol, português e inglês, reúne textos que abordam, a partir de diversas perspectivas, a situação das mulheres do campo e sua verdadeira contribuição para a atividade agropecuária e para o desenvolvimento dos territórios rurais.
Seu propósito é comemorativo pelo Dia Internacional das Mulheres Rurais, estabelecido pela ONU em 15 de outubro de cada ano, e também o de gerar um potente espaço de reflexão sobre o tema - marco inicial para a formulação de políticas públicas sólidas dedicadas a esta questão.
Os autores, em sua maioria mulheres, aceitaram o convite feito pelo Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, que tem como marco o novo roteiro institucional do organismo interamericano especializado em agricultura e desenvolvimento rural.
Esse roteiro, o Plano de Médio Prazo (PMP) 2018/2022, orienta o trabalho do IICA, seus novos programas e projetos, que têm como eixos transversais os temas de gênero e juventude.
Os autores esmiúçam dados e estatísticas sobre a vida das mulheres rurais, respondem porque é urgente criar oportunidades para que elas se empoderem; explicam porque devem ter um lugar preferencial nas agendas nacionais e internacionais com vistas a alcançar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU; e nos brindam com testemunhos pessoais e íntimos de sua própria origem rural.
O celebrado fotógrafo social e fotojornalista Sebastião Salgado cedeu generosamente ao IICA as quatro fotografias que formam a parte integral desta publicação. Salgado foi reconhecido com o Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes de 1998. Essa distinção o descreveu como o fotógrafo “que tem sabido retratar a condição humana e evidenciar as desigualdades do mundo atual com uma linguagem plástica pessoal, profunda, poética e de alta qualidade formal".
Entre as autoras da obra, que se constituirá em uma das maiores compilações de visões e artigos inéditos sobre mulheres rurais publicadas, se encontram uma Primeira-Ministra (Barbados); três Vice-presidentes (Costa Rica, República Dominicana e Panamá); e uma ex-Presidente (Costa Rica). Também participam várias Ministras de Estado que se ocupam em seus países da equidade e do desenvolvimento social (Portugal, Espanha, Argentina) e líderes de movimentos de mulheres (México e Brasil).
Escrevem, ainda, altos funcionários de organismos internacionais, como o Presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); a Secretária Executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para América Latina e o Caribe (CEPAL); a Subsecretária Geral das Nações Unidas e Diretora Executiva da ONU Mulheres, a Chefe de Gabinete da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Secretária Geral da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO) e o Reitor da Universidade para a Paz (UPAZ), entre outros.
Entre as autoras que vêm do mundo jornalístico estão a CEO das revistas da Editora Globo e Globo/Condé Nast no Brasil e a correspondente de gênero do jornal espanhol El País, além de outras líderes de opinião e do mundo dos negócios.
As vozes autorizadas chegam dos cinco continentes. Há autoras da Nova Zelândia, África do Sul, Coreia do Sul, Europa e América Latina e do Caribe.
Plantação de café
Sierra de los Cuchumatanes,
Guatemala
2006
©Sebastião Salgado
Selecionadora de café
San Marcos de Tarrazú,
Región Central, Costa Rica
2013
©Sebastião Salgado
Encontro do Movimento dos Sem Terra
(MST), antes de uma ocupação
Paraná, Brasil
1996
©Sebastião Salgado
Movimento das Mulheres do Nordeste Paraense (MMNEPA)
Pará, Brasil
Ceará, Brasil
1983
©Sebastião Salgado